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Pastor Missionário, Pregador Conferencista, Implantador de Igrejas, casado com Joceli Silva. Contatos: E-mail: pastor_eraldo@hotmail.com

sábado, 1 de novembro de 2014

Discipulado em Ação

Discipulado em Ação

 
          Um dos problemas muito grave em nossas igrejas, é o abandono de nossos novos convertidos. É como se fosse uma mãe que em uma prática totalmente contrária à natureza, ao terminar de dar a luz, abandone o seu filho em qualquer lugar. Nenhuma mãe deve conceber um filho se não estiver preparada para amar e cuidar dele.  Causa uma grande satisfação para os pais, verem os seus filhos crescerem e se desenvolverem gradativamente, etapa por etapa.  Por isso, as nossas igrejas devem estar preparadas para cuidar de seus filhos na fé, e acompanhá-los em todo o processo de crescimento espiritual. Escutei alguém dizer que a Igreja é o único exército que abandona os seus soldados.

          Muitas pessoas têm recebido de boa fé a palavra de Deus,  se converteram a Cristo e por consequência nasceram de novo, mas ainda estão vivendo os rudimentos do evangelho, apesar de assistir aos cultos, serem dizimistas, etc. São meninos incapazes de crescer proporcionalmente. Devemos ser conscientes, no entanto, de que cada um destes “meninos” são discípulos em potencial, que com uma adequada atenção alcançarão, a  maturidade necessária que os transformará de bebês em discípulos úteis ao Senhor e sua Obra.

          Esse trabalho é alcançado através do processo de discipulado que é a sequencia do “ide” de Jesus. Infelizmente a maioria das igrejas não se preocupa com essa tarefa. Consideram que uma vez a pessoa tenha aceitado a Jesus, a missão já está cumprida. O que não é verdade. Jesus disse “ide e fazei discípulos”.

          Falar de discipulado é falar de transferência de vida. Quando Jesus disse para fazer discípulos, Ele falava de um processo e não de um sucesso. Infelizmente, boa parte dos membros de nossas igrejas não entende com profundidade os conceitos de discipulado e compromisso de vida. A falta de compromisso e profundidade é o que leva à abundância de espectadores itinerantes em nossas congregações, cuja busca de igreja em igreja é mais o reflexo de sua própria frustração por falta de compromisso e profundidade em seu caminhar com Cristo, pelo fato de não terem sido discipulados.

          Fazer discípulos é mais que pregar o evangelho desde um púlpito, uma rua ou praça de nossa cidade. A ordem de fazer discípulos nos está encomendando a preciosa tarefa de formar crentes que vivam e atuem com tais. O nosso trabalho vai desde o novo nascimento até a maturidade do cristão, passando logicamente por cada etapa através de uma preparação constante e progressiva que facilite o crescimento e a reprodução. Isto fará com que a pessoa se firme em sua decisão por Cristo de tal maneira que experimente uma mudança de vida e se envolva no serviço cristão. Deste modo, ele receberá o ensino básico sobre como levar seu novo estilo de vida e chegar à maturidade espiritual, convertendo-se em uma testemunha de Cristo.

          A experiência comprova que os novos convertidos que recebem cuidados logo nas primeiras vinte e quatro horas após a sua conversão, têm muito mais chances de permanecerem firmes. Essa atitude além de evitar que o inimigo arrebate o efeito da semente ou semeie o joio enquanto os trabalhadores dormem à noite, Mt 13:19 e 25,  também ajuda a que ele seja um participante ativo em vez de somente espectador.

Lois E. LeBar, em seu livro “Focus on people in Church Education” (Focalizando pessoas na  educação da Igreja) na página 143, nos diz:

 “O tempo para recrutar um novo convertido não é depois que ele está sentado num banco durante vários anos, mas no dia em que ele se junta à Igreja. Claro que se lhe permitirem formar o hábito de ficar sentado, ele achará difícil de se levantar. Nós temos acostumado a muitos de nossos membros de Igrejas a serem os espectadores em vez de servidores.”

          O novo convertido tem um imenso desejo de aprender, de entender e de fazer. Este momento deve ser aproveitado para chamá-lo ao discipulado e consequentemente ao serviço. As primeiras semanas deveriam ser aproveitadas para estabelecer uma base sólida para o resto de suas vidas. O programa de ensino deve incluir doutrina básica, ensino prático sobre a vida cristã e apologética básica que capacite ao novo convertido a defender a sua nova fé.

(Texto tomado do Livro de minha autoria "A Igreja e sua Missão Integral" Ed. Crescimento - Rio de Janeiro-RJ 2013)

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